Thursday, April 10, 2008

The Mount Argus Little House of Love

Depois de uma série de jornadas à volta dos nossos empregos finalmente encontrámos estabilidade. O Joel e o Soares que trabalham no Mercer Hotel no centro vão fazendo uns biscates lá no bordel (que andarão eles lá a fazer?!) e eu vou viajando na minha mini-bike até ao polo da UCD (University College of Dublin) onde trabalho no departamento de nutrição e tocando piano num outro hotel também no centro. Ao ver esta estabilidade chegar era pois tempo de dar um novo passo já há muito aguardado e dizer adeus aos nossos companheiros de casa.
Tinha sido, sem dúvida, uma grande aventura viver com aquele pessoal que vive com formas de estar, pensar e viver bem diferentes das nossas - mas era tempo de procurar o nosso espaço, o espaço para as nossas festas e para receber os nossos convidados
E assim em busca de um novo lar fomos pesquisando na internet e visitando as casas seleccionadas. Tínhamos então arranjado uma casa em nosso favor e já só faltava pagar o depósito quando contra as expectativas nos apaixonámos por outra.
Esta ficava num tranquilo condomínio aberto junto a um palácio com enormes jardins e um canal onde bebiam as pêgas, os cisnes e os melros. Era aquela. Já íamos preparados com referências de trabalho e com o dinheiro do depósito ( mais vale prevenir do que remediar nestes assuntos) e logo segurámos a casa. Agora só tínhamos de esperar uma semana para as grandes mudanças...
A semana passada foi então envolvida por uma forte ansiedade... Até reduzimos os custos do fim de semana para podermos pagar o mês: 1500eur nem é muito para uma casa com 3 quartos nesta zona- tivemos sorte.
A mudança foi em tudo genial: chamámos uma taxi-van. Nem sei como (mas com a ajuda do engenhocas Soares) lá pusemos todas as nossas mala, um gigante meco das obras e outros sinais de trânsito, as nossas 3 bicicletas, o recheio da nossa cozinha e ainda os edredons "emprestados" da nossa antiga casa.
À chegada pagámos a casa à senhoria e pronto: "Home sweet Home!"
Mas pera lá!!! Doce lar sem televisão? Doce lar sem tachos ou panelas? Pratos ou tigelas? talheres? aspirador ou torradeira???
Bem o que temos chorado... à senhoria - e ela tem feito a sua parte. tem trazido cenas essenciais para a casa mas nós também temos investido um pouco. O Mercer Hotel também "empresta-nos" equipamento de cozinha ( e até os restos do almoço são o nosso jantar). Lá quem manda são eles sem dúvida!
Enfim, a casinha do amor está a encher-se de magia e côr - o romance está para começar:)
Não fica longe do centro: são 10 minutos de bicicleta o que é sempre bom para fazermos exercício. Sinto que a primeira (e mais difícil) parte desta aventura está a terminar. Se fosse a dar uma nota aos rapazes daría a mais alta. Agora é só...viver!

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